segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

cap 4: 7 de janeiro - Miraflores - Lima - Perú

Pois é, após ter sido "assaltado" pelo taxista e me instalado no hostel "Nômade Backbackers", na esquina da "Torre Tagle" com a rotatória, resolvi ir explorar Lima. Como quase tudo nesta viagem, não tinha um roteiro muito definido. Parei na recepção do Nômade para explorar uns panfletos e uns mapinhas que havia por lá e o recepcionista perguntou para onde eu queria ir. "Para o centro histórico", chutei eu. E, velhaco com a história do táxi (que, na verdade, são bem baratos em Lima), perguntei se tinha como ir de ônibus. O rapaz disse que o ônibus custava apenas 1,50 sol e que deveria seguir a "José Pardo" até um McDonald´s, onde encontraria outra rotatória. Ali deveria pegar um "bus" até a "Emancipacion". A "José Pardo" é a avenida da foto. Muito bonita, com ruas largas e uma "ilha" arborizada no meio onde os pedestres podem caminhar. Eram nove quadras até o tal McDonald´s, mas eu gosto de andar e era um bom modo de sentir o "clima" do lugar.

O bairro de Miraflores é bonito e bem diferente do resto da cidade, que é muito mais pobre. Fui andando pela J. Pardo e me lembrou um pouco o Bairro Cambuí, região nobre de Campinas, ou mesmo algumas regiões de São Paulo. Prédios altos, geralmente residenciais, entrecortados por outros comerciais e lojas. Passei em frente a um supermercado grande, o "Vivanda", onde depois iria fazer compras, e pelo prédio da Embaixada do Brasil. Havia uma quandidade razoável de pessoas andando pelas ruas e, apesar do rosto marcadamente indígena da maioria, eu poderia perfeitamente achar que estava em alguma cidade grande brasileira. O calor era forte, por volta dos 30 graus. Passei por uma loja da LAN Airlines e tomei nota mentalmente. Talvez eu precisasse comprar uma passagem para Cusco, caso decidisse ir para lá de avião.

Andando com meu passo normalmente rápido, em uns 15 minutos cheguei à tal rotatória, com o McDonald´s na esquina. Ali o trânsito era intenso, embora não estivesse parado, e foi (além da corrida de táxi do aeroporto), minha apresentação à loucura do trânsito da cidade. Os ônibus me chamaram logo a atenção. Pareciam (e provavelmente eram) do século passado. Muito coloridos, com várias faixas nas cores primárias. Na lateral, vários nomes pintados à mão que, descobri depois, eram os nomes das ruas por onde o ônibus iria trafegar. E todo mundo buzinando constantemente.


Na rotatória, funcionários da prefeitura tiravam os enfeites de uma grande árvore de natal. Resolvi explorar as imediações. Além do McDonald´s, havia várias outras franquias internacionais de comida por lá. Fui virando a esquina, à direita, e encontrei vários restaurantes, com muita gente sentada às mesas de frente para a calçada. Já eram por volta das 13 horas (quatro da tarde no Brasil) e eu ainda não havia almoçado. Até olhei alguns cardápios expostos nos restaurantes, mas não tinha ainda noção de quanto valia o dinheiro local. Um prato de 30 sóles era caro ou barato? Ai resolvi usar a cotação internacional do Big Mac. E confesso que, apesar de sentir certa vergonha por não experimentar logo a comida local, resolvi ir pelo caminho seguro e entrei no McDonald´s, onde pedi o mesmo que sempre como no Brasil, versão peruana: um "Cuarto de Libra com Queso", Coca-Cola e fritas. Lamentável, reconheço, mas a fome bateu mais forte. O preço do "combo" foi de 10,50 sóles (equivalente a três dólares e pouco, mais barato do que no Brasil). E é impressionante como o McDonald´s é praticamente igual no mundo todo (já fui nos EUA, Japão, Tailândia e Argentina).


Saindo do Mac, com a fome saciada (ou aquela sensação de estômago cheio que o fast food proporciona) fui até uma grande praça que é o "Parque Central de Miraflores". Era bonito, bastante verde, com canteiros coloridos de flores. Ao fundo, havia a primeira das dezenas de igrejas que veria nesta viagem: a "Iglesia Medalha Milagrosa", que estava fechada. Aliás, isso seria uma constante também na viagem, não sei como funcionam os horários das igrejas no Perú. Ao lado da igreja há o "Parque Kennedy", onde se encontram vários hostels bons para se hospedar, e vi estacionado um grande ônibus turístico vermelho, daqueles em que o andar de cima é aberto, com poltronas para os turistas observarem a cidade. Fui até uma cabine onde se vendiam bilhetes e soube que havia um passeio de três horas pela cidade, incluindo visita a umas tais "catacumbas de São Francisco". Mas não estava com vontade de fazer programa de turista. Queria explorar a cidade por conta própria e, na cara e na coragem, fui até a avenida para pegar um ônibus comum para o Centro Histórico de Lima.
(até o próximo capítulo...)


2 comentários:

Menina de lah disse...

Mac Donald's? Nãaaaaaaaao!! aahahauaha

João Solimeo disse...

Então, viu só que falta de imaginação? haha
bjo